sábado, 21 de janeiro de 2012

BONDE DA NORMOSE








Escolho minha sorte
E o justo porte
Eu quito

Alto custo do conflito

Não perco calado
Nem ganho no grito

Eu borro a maquiagem midiática
E diviso outra vez (cena dramática)
A flácida nudez da sociedade

Essa pós-modernidade !

Falo do incluso, aceito e massivo
Pressuposto de mercado
Sujeito difuso e passivo
Gosto pronto e acabado
Condicionado

Eu me lixo pro modelo
Que me cerca, insere e cobra
Família de novela

Essa massa de manobra !

E como “É doce estar na moda” !
Luxo, pompa , chic colletion
Humanizando coisas
Coisificando manos

Esse mundo “Week Fashion”

Nauseabundo consumo de imagem
Era da imitação
Toca o gado na pastagem
Conforme a produção

Efeito manada
Instintos animais
Gente conformada
O rebanho dos normais.

E momentaneamente
Fugindo da osmose
Contra o gradiente
Deixo o BONDE DA NORMOSE.

Um comentário:

  1. Salve, salve, meu amigo "estranho"! Viva a pluralidade, viva a diferença!! Façamos a nossa parte para fugir deste atrofiante condicionamento massivo. Se sou um "selvagem", td bem - mas me recuso a engolir a "soma" deste "admirável mundo novo"!!!! E no único coro que me permito, "contra o gradiente, deixo o BONDE DA NORMOSE".

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