domingo, 27 de setembro de 2009

SOBE O SOM !


Atendendo ao princípio deste espaço, de agregar o máximo de opiniões possíveis, segue texto escrito por Filipe de Deus - Pão, para os chegados - falando de algo comum a todos nós, Música.

É, estamos expandindo...gente que sabe o que diz tá mandando ver por aqui.

Fala, Pão !



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Same old song and dance


O que define uma boa música?

O que torna uma música boa?

Lindos acordes?

Um bom arranjo?

Um vocal perfeito e afinado?

A letra? A melodia? O ritmo?



A música é, para mim, a mais pura forma de expressão do homem, o meio perfeito para se expor sentimentos, amores, medos, anseios, alegrias.

Uma boa música é aquela que dá calafrios quando ouvida, que traz lágrimas aos olhos de seus espectadores, que emociona o coração do público.

Blues, Jazz, Rock, MPB, Clássico, Reggae, Sertanejo, Folk, e, porque não, Pop.

O primeiro dogma a ser descartado para se compreender a música é o estilo.

As chamadas “tribos” acabaram por criar uma rivalidade etérea entre diferentes estilos de músicas, quando na verdade, todas estão entreligadas, podendo até ter uma mesma origem ou um mesmo significado em diferentes culturas.

Tomemos como exemplo o Blues norte-americano e o Samba brasileiro.

Esses dois estilos são mais parecidos do que aparentam, tendo ambos advindos, em suas raízes, da classe baixa da sociedade, com um grito de socorro, um retrato de suas mazelas.

A partir dos anos 40, o Blues, nos Estados Unidos, e o Samba, no Brasil, representavam a noite, a boemia. Robert Johnson, Nelson Gonçalves, Muddy Waters, Cartola, BB King, dentre tantos outros.

É fácil citar ao menos uma música de cada um dos estilos anteriormente citados que refletem os sentimentos de seus compositores.

Ressalto que as músicas abaixo citadas não refletem sequer minha opinião pessoal, mas apenas as primeiras músicas que vieram à minha mente ao escrever esse texto.


Blues – Nobody loves me but my guitar

Rock – Road to nowhere

MPB – Ronda

Sertanejo – Luar do Sertão

Folk – Tuesday is gone

Pop – They don’t really care about us


Me vem à mente agora trechos de 4 músicas, de autores completamente diferentes, de estilos completamente diferentes, para públicos completamente diferentes, mas que trazem mensagens parecidas.

Eu lhe peço Senhor

Traz de volta esse amor

Senhor está perto meu fim

Eu lhe peço meu Deus, tenha pena de mim



Lord I need your smile child

Like the one I once knew

Make my grass green and my blue skies blue

Lord was time when 2 were 1

Tell me now girl

Where’ve all the good times gone



I ain’t gonna give up on Love

Love won’t give up in me

Every tear I’ve cried

Only washed away the fear inside

‘Cause I ain’t gonna give up on love



Você é isso

Uma beleza imensa

Toda recompensa de um amor sem fim

Você é isso

Uma nuvem calma

No céu de minha alma, és ternura em mim



Não revelarei os autores. Assim devem ser vistas as músicas, nuas, sem os rótulos que as separam por tipos ou ritmos.

A música deve ser ouvida, e não vista.

Nada impede que uma só pessoa aprecie diferentes estilos musicais, diferentes ritmos, que esteja sempre com a mente aberta para novidades. Isso diferencia os músicos. Inexistência de preconceito. Respeito por outros músicos. Saber apreciar o que é bom, sem levar em conta detalhes como quem toca, quem canta, os instrumentos usados, o ritmo que rege, etc.

Por fim, gostaria de transcrever um trecho de uma música que, nos últimos dias, tem tido um significado especial para mim.

Peço perdão pela minha preferência para com a língua inglesa, mas, sintetizando a mensagem deste texto, a língua em que se escreve é indiferente, o que importa é a mensagem, o sentimento que transparece desta.



There are no unlockable doors
There are no unwinnable wars
There are no unrightable wrongs
or unsingable songs
There are no unbeatable odds
There are no believable gods
There are no unnameable names

Shall I say it again
There are no impossible dreams
There are no invisible seams

There are no uncriminal crimes
There are no unrhymable rhymes
There are no identical twins or
forgivable sins

There are no incurable ills

There are no unkillable thrills

There are no unachievable goals
There are no unsaveable souls
No legitimate kings or queens, do
you know what I mean
There are no indisputable truths
And there ain't no fountain of youth
Each night when the day is through,
I don't ask much, I just want you


Filipe de Deus

Um comentário:

  1. Disse tudo...abaixo ao dogma musical. Mas que Iron é ruim, é !

    Provocação..rsrsrs

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